Como
ficará a cicatriz?
Essa cicatriz é planejada
para ficar escondida sob as
roupas de banho, e
infalivelmente passará por
vários períodos de evolução
até o amadurecimento.
É utilizado dreno?
Normalmente não, mas quando
utilizado pode permanecer
por 3 a 10 dias, dependendo
da quantidade de secreção
drenada.
Haverá curativos?
Sim. Curativos especiais,
trocados periodicamente pela
equipe do cirurgião.
Quando são retirados os
pontos?
A retirada dos pontos poderá
ser iniciada em torno do 8º
dia, devendo ser feita de
maneira seletiva, nos dias
que se seguem. Raramente a
retirada total passa de 2
semanas.
Quando poderei tomar
banho completo?
Geralmente após 3 dias.
Em quanto tempo atingirei
a evolução total?
Em média com 6 meses do
pós-operatório.
Qual a evolução
pós-operatória?
Não deve se esquecer que,
até que se consiga atingir o
resultado almejado, diversas
fases são características
deste tipo de cirurgia.
Assim é que, no item 02,
foi-lhe informado sobre a
evolução cicatricial (até o
18º mês). No item 03, sobre
a evolução da forma do
abdome, bem como a
sensibilidade, consistência,
etc. Entretanto, poderá lhe
ocorrer alguma preocupação
no sentido de “desejar
atingir o resultado final
antes do tempo previsto”.
Seja paciente, pois seu
organismo se encarregará de
dissipar todos os pequenos
transtornos intermediários
que, infalivelmente chamarão
a atenção de alguma pessoa
que não se furará a
observação: “// SERÁ QUE
ISTO VAI DESAPARECER
MESMO?//” – É evidente que
toda e qualquer preocupação
de sua parte deverá ser a
nós transmitida. Daremos os
esclarecimentos necessários
para sua tranqüilidade. Em
tempo: Em algumas pacientes,
ocorre uma certa ansiedade
nesta fase, decorrente do
aspecto transitório (edema,
insensibilidade, aspecto
cicatricial, etc).
Isto é passageiro e
geralmente reflete o desejo
de se atingir o resultado
final o quanto antes.
Lembre-se que nenhum
resultado de cirurgia do
abdome deverá ser
considerado como definitivo
antes dos 12 aos 18 meses.
Em caso de pacientes muito
obesas, poderá ocorrer, após
o 8° dia, a eliminação de
razoável quantidade de
líquido “amarelado” por um
ou mais pontos da cicatriz.
Este fenômeno nada mais é do
que o transudamento
cirúrgico e a liquefação da
gordura residual próxima a
área da cicatriz que está
sendo eliminada, sem que
esse vazamento venha a lhe
ocorrer em situações
inoportunas.
Quantos quilos vou
emagrecer com a
dermolipectomia abdominal?
Sendo uma cirurgia que
retira determinada
quantidade de gordura,
evidentemente haverá uma
redução no peso corporal,
que varia de acordo com o
volume do abdome de cada
paciente. Não são,
entretanto, os “quilos”
retirados que definirão o
resultado estético, mas sim
as proporções que o abdome
mantenha com o restante do
tronco e os membros.
Paradoxalmente, os abdomes
que apresentam melhores
resultados estéticos são
justamente aqueles em que se
fazem as menores retiradas
Assim é que a maioria das
mulheres apresentam certa
“flacidez” do abdome após 1
ou vários partos, com
predominância de pele sobre
a quantidade de gordura
localizada na região. Estes
casos nos permitem
excelentes resultados. Em
outros casos, em que a
paciente está com o peso
acima do normal, o resultado
também será compensatório e
proporcional ao restante do
corpo, entretanto, vale a
pena lembrar que “excesso de
gordura” em outras regiões
vizinhas do abdome ainda
existirão, o que nos leva a
aconselhar àquelas que assim
se apresentem a prosseguir
com um tratamento cínico ou
fisioterápico, para as
diversas partes entre si.
A cirurgia do abdome
deixa cicatriz muito
visível?
A cicatriz resultante de uma
dermolipectomia localiza-se
horizontalmente logo acima
da implantação dos pêlos
pubianos, prolongando-se
lateralmente em maior ou
menos extensão, dependendo
do volume do abdome a ser
corrigido. Esta cicatriz é
planejada para ficar
disfarçada sob as roupas de
banho ( há casos, mesmo em
que a própria “tanga” poderá
ser usada), e infalivelmente
passará por vários períodos
de evolução como se segue:
PERÍODO IMEDIATO: Vai até o
30° dia e apresenta-se com
aspecto excelente e pouco
visível. Alguns casos
apresentam discreta reação
aos pontos ou ao curativo.
PERÍDO IMEDIATO: Vai do 30°
dia até o 12° mês. Neste
período haverá espessamento
natural da cicatriz, bem
como mudança na tonalidade
de sua cor, passando de
“vermelho” para o “marrom”,
que vai aos poucos,
clareando. Este período, o
menos favorável da evolução
cicatricial, é o que mais
preocupa as pacientes. Como
não podemos apressar o
processo natural de
cicatrização, recomendamos
as pacientes que não se
preocupem, pois o período
tardio se encarregará de
diminuir os vestígios
cicatriciais.
PERÍODO TARDIO: Vai do 12°
ao 18° mês. Neste período, a
cicatriz começa a tornar-se
mais clara e menos
consistente atingindo, assim
o seu aspecto definitivo.
Qualquer avaliação da
evolução total da cirurgia
do abdome deverá se feita
após este período.
Em quanto tempo atingirei
a evolução total?
Na resposta anterior foram
feitas algumas ponderações
sobre a evolução da
cicatriz. Entre tanto,resta
ainda acrescentar algumas
observações sobre o novo
abdome, no que tange à sua
consistência, sensibilidade,
volume, etc. Nos primeiros
meses, o abdome apresenta
uma insensibilidade
relativa, além de estar
sujeito a períodos de
“inchaço”, que regride
espontaneamente. Nesta fase,
poderá ficar com aspecto e
“esticado” ou “plano”. Com o
decorrer dos meses, tendo-se
iniciado os exercícios
orientados para modelagem,
vai-se gradativamente
atingindo a evolução total.
Nunca se deve considerar
como definitivo. Nunca se
deve considerar como
definitivo qualquer
resultado, antes de 12 a 18
meses de pós-operatórios.
É verdade que será feito
um novo umbigo?
Não. O se próprio será
transplantado e, se
necessário, remodelado.
Deve-se levar em conta que,
circundado o umbigo existirá
uma cicatriz que sofrerá a
mesma evolução da cicatriz
inferior (descrita no item
no. 02). Várias técnicas
existem para a reimplantação
do umbigo. Todas elas são
passíveis de futuras
revisões cirúrgicas, caso
venha a ser necessário. Isto
acontece em decorrência da
anomalia na evolução
cicatricial de certas
pacientes, e é passível de
correão, mediante uma
pequena cirurgia sob
anestesia local, pós alguns
meses.
A dermolipectomia
abdominal corrige aquele
excesso de gordura sobre a
região do estômago?
Nem sempre. Isto depende do
tipo de tronco (conjunto
tórax + abdome). Se ele do
tipo curto dificilmente será
corrigido. Sendo do tipo
longo, o resultado será mais
favorável. Também tem grande
importância, sob este
aspecto, espessura do
panículo adiposo (espessura
da gordura) que reveste essa
área do corpo.
Qual o tipo de maiô que
poderei usar, após a
cirurgia?
O tipo de maiô dependerá
exclusivamente de seu
próprio manequim. É claro
que, os decotes inferiores
mais “generosos” (tangas)
ficarão por conta dos casos
em que os resultados sejam
mais naturais. Lembre-se que
o bisturi do cirurgião
apenas aprimora suas
próprias formas, que poderão
ser melhoradas ainda mais,
com cuidados de uma
esteticista ou
fisioterapeuta, desde que se
associem estes tratamentos
complementares logo nas
primeiras semanas após a
cirurgia.
Poderei ter filhos
futuramente? O resultado não
ficará prejudicado?
O seu médico ginecologista
lhe dirá da conveniência ou
não de nova gravidez. Quanto
ao resultado, poderá ser
preservado, desde que na
nova gestação seu peso seja
controlado por aquele
especialista. Aconselhamos,
entretanto, que tenha todos
os filhos programados antes
de se submeter a uma
dermolipectomia abdominal.
Ouvi dizer que o
pós-operatório da
dermolipectomia abdominal é
muito doloroso. É verdade?
Não. Uma dermolipectomia de
evolução normal não deve
apresentar dor. O que existe
é um grande equívoco por
parte de certas pacientes,
que são operadas
simultaneamente de
operatórias.Nem todos os
cirurgiões costumam
recomendar esta associação
de cirurgias, por
constituírem certo risco
operatório, além de
apresentarem inconvenientes
como dores e resultados
menos favoráveis.
Há perigo nesta operação?
Raramente a cirurgia de
dermolipectomia traz sérias
complicações, desde que
realizada dentro de
critérios técnicos. Isto se
deve ao fato de se preparar
convenientemente cada
paciente para o ato
operatório, além de
ponderarmos sobre a
conveniência de associação
desta cirurgia
simultaneamente a outras. O
perigo não é maior nem menor
que uma viagem de avião ou
de automóvel, ou mesmo o
simples atravessar de rua.
Resolução Cremesp 81/97
mostra claramente que a
cirurgia plástica é única e
indivisível, não havendo um
limite nítido entre cirurgia
reparadora e estética, além
de ser uma atividade de meio
e não de fim, em que não há
promessa de resultado, como
em toda prática da Medicina.
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